Ceratocone: coçar os olhos pode aumentar o risco de desenvolver e de agravar a doença

O Dia Mundial do Ceratocone, em 10 de novembro, faz um alerta para a conscientização e prevenção da doença.

O ceratocone é uma doença ocular que atinge uma a cada 2 mil pessoas no Brasil, cerca de 150 mil brasileiros por ano, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Em 10 de novembro é lembrado o Dia Mundial do Ceratocone, para se fazer um alerta, especialmente, sobre os maus hábitos que podem ocasionar esta condição e a necessidade de uma avaliação oftalmológica preventiva.

A doença acontece pela junção de dois fatores: genético, com uma fragilidade natural da estrutura da córnea, e o impacto do ambiente, principalmente, por uma mania que quase todo mundo tem de coçar os olhos. O hábito muito comum de coçar os olhos pode parecer inofensivo, mas a longo prazo torna-se muito prejudicial, podendo fazer progredir a doença do ceratocone a ponto de necessitar de uma cirurgia mais séria. De acordo com a Sociedade Brasileira do Ceratocone, a doença é a principal causa de transplantes de córnea no país. Atualmente são realizados 13 mil transplantes de tecido ocular, dentro de um universo de 23 mil transplantes no Brasil, ou seja, o ceratocone é um dos principais fatores responsáveis pela metade das cirurgias no país.

O que é a doença do ceratocone?

O ceratocone atinge especificamente a córnea, parte anterior superficial dos olhos, modificando a sua forma semicircular cilíndrica para uma forma de cone, ocasionando uma baixa da visão.

É uma doença mais frequente na adolescência e início da fase adulta, mas também pode surgir em pessoas mais novas ou mais velhas. O importante é realizar acompanhamento com um oftalmologista e, especialmente, pessoas com dificuldades de visão e que mudam com frequência o grau dos óculos, devem desconfiar da doença.

A visão turva e a sensibilidade à luz ocasionadas pela doença podem ser corrigidas com óculos, mas o ceratocone não tem cura, apesar de ser de fácil diagnóstico e de possuir tratamento para estabilizar e melhorar a visão. Por isso, a negligência e a evolução da doença podem tornar a córnea cada vez mais irregular, levando a necessidade de cirurgias de transplantes, em casos mais graves.

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